segunda-feira, 3 de maio de 2010

E ontem ouvi-os à janela!

Ontem ouvi-os pela primeira vez.
Só vi dois, ao entardecer, quando o frio baixou os insectos e os andorinhões traçavam elipses multidireccionais no "vale cavado" entre prédios caóticos, também aqui depressões verdes ocupadas por melros, toutinegras-de-barrete, pardais, pombas, gatos e gaivotas-de-patas-amarelas, afastadas do mar.

Tal como hoje. Na luz dourada o que parece preto, afinal é castanho-escuro, penas reluzentes num voo matemático.

Só dois, supõe-se que sejam um casal. Fico curioso: será que dentro de pouco mais de um mês já verei as crias a voarem com eles?

A probabilidade é serem Apus apus. E mesmo sem a coroa do andorinhão-real, Apus melba, são tudo menos banais: a agilidade do voo, o som estridente que agrada paradoxalmente aos ouvidos, parece dizer: Chegámos! Somos mínimos, mas vencemos o deserto do Sara, mais uma vez.

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