quinta-feira, 15 de abril de 2010

Andorinhões: viajores de longo curso

Hoje, pouco depois das 9h00, tive o prazer de ouvir os meus primeiros andorinhões deste ano.
Ia já na Baixa do Porto, pouco depois das 9h00, e ouvi-os: olhei para o céu, e lá estavam uma meia dúzia, altos, quase a tocarem nas nuvens com vontade de chover.

Cinco minutos antes, ouvi um pintassilgo, aproximei-me da árvore citadina, e era mesmo. Tem ninho por ali, entre a Rua Sá da Bandeira e Gonçalo Cristóvão...

É como se as flores que se sucedem, de plantas nativas e de exóticas, chamassem residentes, pequenos e grandes migraodres.

As vocalizações dos andorinhões, numa vida de velocidade, filhos do ar que quase não tocam terra, não denotam uma fragilidade notória: ai deles se pousam no chão, por acidente ou inexperiência, a envergadura das asas e as patas encurtadas não lhes permitiria alçar voo novamente; só pegando neles e atirando-os ao ar.

Iriam de passagem, mais para norte, estas aves insectívoras. Os que ficarem por aqui, que irei ouvir como todos os anos, talvez em Junho, à janela, com a banda sonora do jantar, ainda poderão estar agora, quando o sol se ausenta, a voar sobre o deserto do Sara...

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