quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Quando os morcegos...

Bem, eles não são propriamente ratos com asas.

Mas são um exemplo impressionante das voltas que as espécies dão quando querem conquistar a atmosfera ou os oceanos, neste caso como os golfinhos e cetáceos em geral.

Não só transformam os membros - os morcegos fazem das mãos asas, os cetáceos barbatanas - como se lançam à conquista de novos sentidos, tais como o domínio dos ultra-sons.

Trrrrrrr-trrrrr-trrr-tr-r-r-r-r-r... pimba!

Lá foi a borboleta nocturna, mas nem sempre.

O som dos aparelhos detectores de ultra-sons denuncia a sua presença, e o seu espectro aponta espécies diferentes quase sempre. Fielmente.

Mas tudo isto é dinâmico. Nada está acabado. Os morcegos seguem a especializar-se, a esgrimir a evolução dos seus talentos, mas as presas também não ficam a dormir: algumas borboletas da família dos piralídeos, por exemplo, pressentem a aproximação dos predadores e, na iminência da fatalidade, deixam-se cair, livremente, e frequentemente escapam, uma técnica talvez mais recente do que a do voo irregular, amalucado, que muitas borboletas diurnas também recolhem para escaparem dos sucedâneos solarengos, de outro grupo: as aves, no caso as andorinhas, por exemplo.

No Outono, os morcegos têm de engordar. A hibernação não é um luxo, é uma necessidade, já que não há alimento no Inverno.

É deixá-los comer e depois deixá-los dormir. Temos ainda muito para aprender também com eles...

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