segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Torga ao frio

Vi a torga a quase 2 mil metros, na serra da Estrela.
Não a reconheceria se não houvesse dois botânicos a salientarem o facto.
Rasteiras, vizinhas do cervunal, com receio do vento gélido, deitam pétalas esmaecidas, malgrado o sol brilhante da manhã.
Parecem pessoas.
Se o sítio onde têm raízes não alenta, tendem a perder o brilho no olhar, a deixar cair os ombros, escondidas num buraco perdido.
Se o meio ajuda, riem, trabalham, conseguem pensar mais alto...
Fica a pergunta e o optimismo para a resposta: qualquer que seja o meio, agir é sempre melhor que reagir.

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